quinta-feira, 11 de maio de 2017

Ate mais ver, até mais ver meu camarada Belchior

Belchior você era um cara do interior. Que estava muito cansado do peso da cabeça, desses dez anos. Mas você deu a vida pelos seus: isto é mais forte que a morte. Sei também que qualquer distância entre nós, tornada em nada. Ensinou que quando a vida nos violentar pediremos ao bom Deus que nos ajude.  Disse: Medo-fortaleza, medo-ceará, e esqueceu do meu Ferrão!

Quando alguém vai cantar uma canção falando fácil, claro, fácil? Você passou praças, viadutos e não se lembrou de voltar, de voltar, de voltar para o nosso Estado. Você andou distante e gente de sua rua Padre Guerra, na Parquelândia (onde você veio morar aqui em Fortaleza), vai sentir saudade.Eu sei que é difícil começar tudo de novo sem você, mas eu quero tentar: quem sabe uma balada nova com amor, humor das praças cheias de pessoas.

Sei que agora você está em paz: o que eu temia chegou. Agora, eu quero tudo, tudo outra vez, inclusive minha rede branca e meu cachorro ligeiro.

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